Filho de D. Afonso III de Portugal e de D. Beatriz de Castela, D. Dinis foi o 6.º rei de Portugal, aclamado em 1279, e governou Portugal de forma inteligente e progressiva, até 1325 (†).
Foi uma época de importantes reformas políticas e administrativas, mas também de manifestações artísticas e culturais de grande relevância.
Em 1282, casou com Isabel de Aragão, que é hoje conhecida como Rainha Santa, devido ao Milagre das Rosas que dizer ter protagonizado.
Em Leiria, D. Dinis deixou um importante legado que lhe confere os cognomes de “Lavrador” e “Poeta/Trovador”.
Foi responsável pelo assoreamento e domesticação do rio (Campos do Lis), assim como pela ampliação do Pinhal de Leiria, que viria a fornecer matéria-prima para as caravelas dos Descobrimentos.
Estas ações revelaram-se essenciais para o desenvolvimento da dinâmica económica da pequena vila do Lis.
No domínio da cultura, destaca-se a assinatura, a 1 de março de 1290, nos Paços de São Simão, em Leiria, do documento que instituiu a criação da primeira universidade portuguesa, bem como a sua vertente de trovador, tendo escrito quase centena e meia de poemas.
Quem não se recorda do poema “Ai, flores, ai flores do verde pino”…?
Por último, uma marca ainda hoje visível na cidade, a construção da Torre de Menagem no Castelo de Leiria, uma obra importantíssima para a estratégia geopolítica e militar, por si definida.