Leiria é o Castelo, o Museu, a Sé, a Praça Rodrigues Lobo, a Rua Direita e as ruelas que nos levam de volta ao Castelo ou a calçada que se estende sob o Terreiro. Leiria são as lendas e histórias que se contam repetidamente, são as Brisas do Liz, o Leitão Boa Vista e a Morcela de Arroz.
Mas Leiria é muito mais do que isso, Leiria são as pessoas, a sua alma, as suas vozes, os seus rostos.
São esses rostos que vamos desvendar neste espaço, os rostos das pessoas de Leiria e que constroem a sua identidade, assim como os seus hábitos, as suas vivências e o seu contributo para a cidade.
Estes são os Rostos de Leiria…
Há um pequeno restaurante no centro histórico de Leiria, na rua Maria da Fonte, transversal à Rua Direita, onde todos os dias se cozinha com amor e de onde ninguém sai de barriga vazia. É a Tasca 7, que nos brinda com os melhores petiscos e pratos tipicamente portugueses, a fazer lembrar a comida das nossas avós.
Neste restaurante há uma Estrelinha que todos os dias toma as rédeas da cozinha e ali confeciona os melhores manjares para os seus clientes. Além de responsável pelos tachos e panelas deste pitoresco restaurante, é a Estrelinha quem escolhe os ingredientes necessários para o cardápio do dia. Afinal, tudo tem de estar ao gosto de quem trata do tempero.
De olhos francos e expressivos, a Estrelinha é uma mulher despachada, sem papas na língua e de grande simpatia, que adora saltar da cozinha para saber como vão os clientes, os mais antigos, que tão bem conhece, e os novos, que prometem sempre voltar.
Aprendeu os segredos da cozinha com a mãe e mais tarde aprimorou o conhecimento na escola, no curso geral de formação feminina.
Foi com o marido que abriu o primeiro restaurante, o Retiro do Abade, que muitos chamavam de tasca 7, por ficar no n.º 7 da Rua D. António da Costa. Depois do Retiro do Abade, a Estrelinha passou pela churrasqueira Três Franguitos e foi em 2015 que abriu as portas do atual espaço. O nome até foi fácil de escolher, Tasca 7, porque não?
Já são 35 anos de uma vida na Rua Direita, que seria bem melhor se não tivesse trânsito automóvel, confidencia. Mas com carros ou sem eles, a verdade é que esta espécie de bairro lhe tem trazido muitas alegrias e grandes amigos.